quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Áreas de risco no ABC Paulista

Em 2007, eu e um grupo de loucos como eu na Faculdade se reuniram para fazer uma reportagem em bairros periféricos localizados em áreas de risco no ABC. Me orgulho muito deste trabalho e compartilho com vocês, meus leitores!

Parte 1 da reportagem:



Parte 2 da reportagem (Parte em que eu acompanho o Montanhão)


Se não me engano já falei sobre esta reportagem aqui no Blog, no post Jornalistas são insensíveis ou impotentes?: http://euniversitaria.blogspot.com/2009/07/jornalistas-sao-insensiveis-ou.html

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Porque não aumentar a passagem do ônibus em SP?

A passagem de ônibus de São Paulo hoje é de R$ 2,30. Ela não sofre reajuste há três anos. Agora, vamos entrar em mais detalhes quanto ao serviço de transporte público de São Paulo:

- Profissionais despreparados, mal educados e pouco instruídos (parece que não possuem compromisso com o cliente, não são treinados para lidar com público; além disso é normal motorista fechar a porta antes de todos descerem ou não parar em determinados pontos)

- ônibus sujo (não difícil entrar em um ônibus sujo de vômito – isso aconteceu ontem comigo, com papel e pichações)

- Superlotação (Ao pegar ônibus pela manhã a ordem é enquanto houver uma lacuna entre as pessoas dá para subir mais um. Não existe limite, se existe não há fiscalização). Isso é reflexo de poucas linhas direcionadas para metrô e regiões de alta empregabilidade.

Acho que deveria haver um limite para entrar no ônibus. Passou do limite, o ônibus não consegue sair. Para isso, os pontos de ônibus deveriam ser mais organizados com filas e estrutura para isto.

- Pontos de ônibus são totalmente equivocados (alguns são escondidos, descobertos, sem lixeira próximo, pessoas não se organizam em filas o que faz que seja uma corrida para pegar o ônibus primeiro independente de quanto tempo se espera por aquele ônibus, sem fiscalização e organização). Os pontos de terminais e metrôs são mais organizados neste quesito. Mas como eles são a minoria não faz a diferença.

- Estrutura do ônibus desconfortável (os obesos não tem espaço no ônibus. Não existem assentos para este público que geralmente ocupa duas cadeiras ou espreme os demais no corredor). Além disso, o assento é duro e sujo.

- Falta de circulação de ar. Muitas pessoas se recusam a abrir janelas em dias de chuva ou quando há muito vento. Isto faz com que não tenha circulação de ar no ônibus. Ar condicionado seria o ideal para evitar que pessoas passem mal.

Enfim, problemas com o transporte público é o que não falta. Diante disso, querem apresentar um projeto de aumento do custo do transporte? Eles precisam pensar em soluções para estes problemas e quando o transporte for realmente digno podem cobrar mais caro, pois não me sentirei assaltada. Se aumentarem o custo do transporte público me sentirei lesada, pois as pessoas pouco pensam na população. Este valor de aumento será investido aonde, em que melhoria? É um absurdo.

Se houver aumento, eu acho que a população deveria se organizar para fazer algum tipo de boicote ou protesto, a fim de reivindicar melhorias no transporte público e o fundamental: planejamento.

Não é o tempo que não há reajuste que deve ditar se haverá ou não, mas sim a necessidade e o planejamento.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Não se trata de morrer, mas de perder

Pois é. Ontem um tio meu faleceu. Ele era pai de 4 filhos (três meninas e um menino). Era também avô de 3 netinhos. Era irmão de 3 grandes homens (um deles o meu pai). Durante o enterro dele, eu via o meu pai tentando ser forte, mas sem conseguir conter a emoção de vê-lo partir. Via também os filhos deles abalados. Afinal todos eles não viam o pai há algum tempo e agora não o veriam mais.

Naquela sala do funeral lágrimas não faltaram. Eram lágrimas de saudade, de amor, carinho, compaixão. Imagine quantas lágrimas não caíram sobre aquela sala. As minhas lágrimas eram de perda. Talvez a perda maior não tenha sido a minha, porque eu não sou a melhor das sobrinhas. Mas era uma perda para o meu Pai. Devo dizer que ver o meu Pai perder algo ou alguém me fere com a mesma intensidade que eu sentiria se a perda maior fosse minha.

Ao mesmo passo que eu não era a melhor sobrinha, ele também não era o melhor dos tios. Tinha os seus problemas com o alcoolismo e estava internado há algum tempo por conta de uma convulsão. Aos 49 anos ter a vida interrompida é muito ruim. Afinal, você não está no começo da vida e nem está no fim. Está exatamente no meio dela. No grande momento de curtir toda sabedoria que já adquiriu até o momento. O fim da vida dele foi triste e doloroso porque ele mesmo procurou a morte e não fez questão de se tratar.

Em minha opinião, ele não morreu feliz. Porque ele morreu sem o grande o amor da vida dele. Sem os filhos. E com um pai que só sabia criticá-lo. A dor de um enterro como um dele não vem do fato de morrer, porque morrer é inevitável. Mas no fato de perder o jogo no meio da partida. De perder a presença dele, mesmo muitas vezes fosse inconveniente. De perder um tio e, para o meu pai, um irmão.

Espero que ele vá para o melhor lugar neste momento. E que encontre a realização e felicidade, que talvez ele não tenha tido aqui.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Estadão há 35 dias de censura. Quem eles querem enganar?

Hoje eu estava navegando no site do Estadão como sempre e vi que estava escrito dentro de um Box preto com letras brancas: “Sob censura há 35 dias”. E pensei comigo mesma: “Quem eles querem enganar?”.
Ok. O jornal acredita que está passando por uma censura. Opta por colocar no site um aviso aos leitores que o jornal está sob censura. Mas qual é o objetivo desta ação? Sob o meu ponto de vista, colocar esta mensagem é uma forma de se eximir da culpa de não noticiar um fato importante em relação a nossa política brasileira, caso o veículo não possa dar por conta da determinação judicial.
O Estadão que eu admirava não faria simplesmente isso. Ele iria tentar mudar a situação. Iria tentar se movimentar ou mudar algo. E não apenas aceitar calada isto. Estou muito decepcionada. Dizer que apenas está sob censura, é aceitar o que é considerado inaceitável. É preciso criar um movimento contra esta censura, criar mobilização. Se o próprio jornal não se engaja para fazer com que haja um movimento social, quem irá fazer isto?
Acho que em parte é reflexo de um grupo de jornalistas acomodados com esta situação. Profissionais que perderam o idealismo e vivem a profissão com foco na aposentadoria.
#prontofalei
E estou aberta a escutar opiniões divergentes.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Música certa no momento certo?!

Quando estava chegando no trabalho, tocou na rádio uma música do Legião Urbana... e por incrível que pareça muitas coisas fizeram sentido para mim:

“Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém”.
(Legião Urbana)

De repente algumas músicas que escutamos não nos dizem muito em algum momento, mas em outros elas são tão sensíveis e realistas. Estranho!

Por isso que quando eu era pequena queria ser cantora e escrever minhas próprias músicas... porque assim eu faria sentido para alguém em algum dia...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Marina Silva seria o Barack Obama brasileiro?

A possível candidatura de Marina Silva (PT-AC), ex-ministra do Meio Ambiente, para a presidência me fez parar para pensar um pouco a respeito. Pelo o que circula por aí, Marina deve se candidatar pelo Partido Verde (PV), já que Dilma Rousseff é a escolhida do PT. Cheguei a pensar até que Marina Silva seria o Barack Obama brasileiro. Mas, ao fazer comparações, logo percebi que realmente a única semelhança é que ambos são negros.


Apesar do fato de ambos serem negros e representarem uma raça que vem sendo desfavorecida na sociedade por questões que envolvem preconceitos raciais, a eleição dela como presidente marcaria pela quebra de dois paradigmas: Uma mulher negra. Seria a primeira mulher negra presidente do Brasil. O fato de ser negra, no Brasil, não deve ser o grande paradigma, pois se trata de um país composto pela mistura de raças. Mas o fato de ser uma mulher, definitivamente, seria inusitado, até mesmo porque as mulheres são desfavorecidas em cargos de alta gestão. Quantos presidente de empresas você conhece que são do sexo feminino? Infelizmente, os homens ainda dominam os cargos de gestão.


Fora isto, vamos a questão política. Barack Obama disputou a presidência pelo maior partido político do País. Já o Marina deve disputar por um partido de pouca representatividade nacional. Após a totalização dos votos, em 3 de outubro de 2006, o Partido Verde atingiu 3,6 % de votos válidos, com 3.368.560 de votos válidos.


Não me assustaria se Marina tivesse alta representatividade. Afinal, o Brasil adora eleger candidatos que trabalham em prol de minorias. O Brasil é aglomerado de minorias. Não vou negar que simpatizo com Marina Silva e com Lula, bem como com a Soninha (PPS).
E você, o que pensa a respeito?!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Folha de S. Paulo exagera no pessimismo

Na Folha de S. Paulo o título da notícia era “BNDES libera R$ 1bi para socorrer faculdades”. A linha-fina era: “Com juros menores e prazos maiores do que aqueles praticados no mercado, a medida atende a lobby feita pelo setor em fevereiro”.

É incrível como o jornal enxerga todas as medidas do governo pelo lado negativo. A negatividade já está no título, em que o jornalista usa o termo socorrer. Esta linha de financiamento não vai socorrer as instituições de ensino. Ela vai ser mais uma ferramenta financeira de empréstimo que pode ser usada não somente para socorrer, mas para investir apenas ou para capital de giro.

Além disso, o ponto é que não existe apenas lobby por trás da medida, mas também uma necessidade real que foi sentida pelo governo. O governo não simplesmente atendeu uma lobby.
Ele percebeu que fazendo este tipo de linha, em contrapartida ele poderia estabelecer metas de crescimento operacional, qualidade de ensino e afins. Esta linha é uma via de duas mãos e não apenas o favorecimento de um setor.

É por isso que cada vez mais me decepciono com a Folha de S. Paulo. Porque eles sempre olham tudo pelo lado negativo e não enxergam os lados positivos da história. É claro que nós jornalistas precisamos exercitar o olhar clínico e crítico, mas a Folha faz isto “tôo much”, na minha opinião.

Pronto, falei.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Isto é a vida: uma bola de neve

Um pouco melodramática, um pouco apaixonada, muito trabalhadora, extremamente comprometida comigo mesma, confusa às vezes, perdida também, assertiva, decisiva, reflexiva, explosiva. Penso, por muitas vezes, como seria bom se houvesse um livro da vida.

Alguém que te observasse desde quando nasceu, acompanhou cada passo seu, conversou com todos que um dia se relacionaram com você e depois reunisse todo este material e contasse e interpretasse a sua vida sob o ponto de vista de outrem. Tudo seria tão simples de se entender.
Imagine, que alguém poderia dizer que esta decisão que você está tomando agora é reflexo do que te ocorreu em determinado período. Esta sua postura diante de determinados assuntos é fruto de algo ou de alguém. Isto que você acha que é novo e que está buscando pela primeira vez, é algo que você busca desde o berço.

Estou lendo o livro “A Bola de Neve – Warren Buffett e o negócio da vida”, no qual a jornalista Alice Schroeder acompanhou a vida deste executivo, o entrevistou e entrevistou familiares e pessoas que acompanharam ele na caminhada de sucesso financeiro dele. É simplesmente encantador ver como tudo se encaixa na vida. Pensamos muitas vezes: “Por que isto está acontecendo comigo, agora?”, ou “Será mesmo que eu preciso passar por isso?”, ou “Tem coisas que não fazem o menor sentido mesmo?”. Quando dizemos isso, é porque realmente não temos ideia de como tudo se encaixa na vida.

Tenho medo de estar errando demais para acertar. Tenho medo de estar caminhando rápido demais. Tenho medo estar fazendo tudo de um jeito que pode dar errado lá na frente. Mas a vida é justamente isto: um jogo de tentativa e erro. O que realmente deve ficar registrado em nossas mentes são as coisas que fazem sentido. Se formos pensar nos exageros, nos erros, no que pode ou não acontecer, deixamos de viver hoje para planejar o amanhã.

Sei lá. Esta é a mensagem que passou em minha cabeça e gostaria de compartilhar. A vida é mesmo uma bola de neve, que vai passando e juntando partes pequenas, pequenas partículas, que se transformam em grandes coisas.

A Morte - por Pedro Bial

Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos. Parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada. Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena. Mas nada acontecia ali de risível, era só dor e perplexidade, que é mesmo o que e causa em todos os que ficam.

A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: a morte, por si só, é uma piada pronta. Morrer é ridículo.

Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre. Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente? Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer. A troco de que?

Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu.

Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...

De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis.

Qual é? Morrer é um chiste. Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.

Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas.

Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira. Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu.

Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas , mulheres e morre num sábado de manhã.

Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito. Isso é para ser levado a sério?

Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz.

Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa? Não se faz. Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.

Por isso viva tudo que há para viver. Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da Vida...

Perdoe....sempre!!!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

O fim do Crepúsculo

A minha história com a Saga de Crepúsculo, livro redigido por Stephanie Meyer sobre o amor entre uma humana e um vampiro, começou quando eu assisti ao filme baseado no livro. O filme era uma febre entre as minhas primas e resolvi assistir. A primeira vista, achei muito envolvente e sem fim. Isto me instigou a pesquisar mais a respeito. Foi quando eu cheguei nos livros que dão continuidade à história. Não posso negar. Eu comprei os quatro livros (Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer).

Crepúsculo
A leitura do Crepúsculo foi maravilhosa. Em uma semana consegui ler o livro inteiro. O romance entre a protagonista Bella Swan e o vampiro Edward Cullen me fez relembrar aquelas velhas sensações da adolescência. O amor incondicional e instantâneo entre ambos foi avassalador. Além disso, todo o suspense e ação que envolvem o livro fazem com que a leitura seja natural. No final do livro Bella é atacada pelo vampiro James, que logo é abatido pela família Cullen. Eu me senti completamente envolvida. E queria saber mais.

Lua nova
Para uma pessoa que havia acabado de ler Crepúsculo (cheio de tramas, ações, paixão, etc), o Lua Nova foi um pouco morno. Ele já é mais focado na dor que Bella sente ao ser abandonada pelo Edward. Isto faz com que ele se envolva mais com o seu amigo lobisomen Jacob. Se não houvesse o novo sentimento surgindo entre ela e Jacob, acho que este livro seria um desastre.

Contudo, ao mesmo passo que surge este envolvimento entre ambos, eu acredito que para aqueles que esperam uma continuação entre a paixão de Bella e Edward foi muito desastroso ver a heroína destemida em completa confusão de sentimentos, principalmente tentando fugir das responsabilidades que tinha ao não abrir mão do relacionamento com Jacob.

Particularmente, morri de ódio da Bella por tanto egoísmo. Afinal, ela sabia que Jacob estava completamente apaixonado. Ela queria o Edward e mesmo assim não abria mão do amigo lobisomen.

Eclipse
Eclipse é um livro para ninguém colocar defeito. Com a volta de Edward para a vida de Bella, tudo parecia resolvido. Contudo, Victoria - a companheira do vampiro James que foi abatido no primeiro livro, volta em ação e agora com a missão de acabar com Bella, de forma dolorosa e lenta para vingar a morte de James. Enquanto o triângulo amoroso entre Bella, Edward e Jacob se desenrola na trama de forma bastante avançada, Victoria estrutura um exército de vampiros para destruir Bella. O livro detalha uma batalha entre este exército e a família Cullen e lobisomens de La Push (que se juntam para salvar Bella).

Foi simplesmente sensacional. E como se não houvesse o suficiente, Bella estipula um prazo para ser transformada em vampira. Contudo, Edward estabelece a condição de que só faria isto após o casamento. Bella que não pensava em se casar precisa tomar a decisão e, obviamente, ela opta pelo casamento. Neste livro, a autora já coloca algumas percepções de Bella de que ela tem medo de se transformar em vampiro e não sentir mais as sensações e desejos humanos que ela sentia por Edward. Vale lembrar que nesta altura da trama, Bella e Edward ainda não tinham relações sexuais ainda . O livro acabou com um gosto de quero mais.

Amanhecer
O último livro da saga relata o casamento entre Edward e Bella. A Lua de Mel (regada a sexo), que aconteceu aqui no Brasil, inclusive. E foi na lua de mel que Bella se descobre grávida. O livro conta a trajetória e concepção de um filho metade humano e metade vampiro. Afinal, Bella ainda não tinha sido transformada em vampira.

Após um enredo cheio de dor e sofrimento, nasce a filha de Edward e Bella, que se chama Renesmee. E foi justamente no nascimento de Renesmee que Edward precisou transformar Bella em vampiro, pois ela estava prestes a morrer, devido ao parte extremamente dolorido. Como vampira, Bella se mostrou extremamente sensual, forte, controlada no que tange o desejo de sangue e afetiva, mantendo ainda o apetite sexual extremamente aguçado por Edward.

Mas o grande problema chave desta trama era a Renesmee, um bebê que só comia, ou melhor, bebia sangue como alimentação, tinha pulsação e sono; contudo crescia muito rápido e tinha o poder de passar para a mente das pessoas o que ela pensava. Crianças assim eram extinguidas pelo Clã de Vampiros da Itália e logo eles vieram em busca de Renesmee.

O enredo se desenvolve na preparação dos Cullen para a batalha contra os vampiros italianos que eram cheios de poderes. E foi justamente na batalha que o poder de Bella é extremamente importante e a chave para que tudo se solucionasse. É claro que a doce irmã de Edward, Alice foi fundamental para que tudo se resolvesse. Neste livro, um ponto que foi extremamente surpreendedor foi o fato do Jacob se apaixonar por Renesmee, aifnal ela era apenas um bebê. Mas a história consegue ter um final feliz sem nenhuma pedofilia.

Para mim, o final do livro foi um grande adeus. Afinal, eu já estava acostumada a conviver com todos os personagens do livro. Chegava até a sonhar com algumas cenas conforme lia os livros. Foi emocionante para mim. Tudo bem, eu assumo que é um romance bem melodramático e cheio de frases batidas como “quero ser sua por toda a nossa existência”. Não posso negar que fiquei desapontada com o livro, justamente porque eu esperava uma continuação que me surpreendesse mais.

De qualquer forma, existe ainda o livro que conta crepúsculo sob o ponto de vista de Edward. Comecei a ler, mas parei, porque achei que era muita baboseira. Toda a imagem que já tinha construído a respeito dele estava sendo desconstruída e não tive mais vontade de continuar a leitura.

Para quem quer saber o que acontecerá no desenrolar da história, este foi o meu resumo e a minha opinião. Sem críticas à construção literária , pois eu acredito que Stephanie começou um novo estilo. Não está certo e nem errado. Está diferente.

Para quem gosta de Harry Potter e busca Crepúsculo, fica o recado : Crepúsculo não é um livro cheio de fantasias e cenas abstratas.

Sugiro Crepúsculo para pessoas que gostam de romances, estão abertos a histórias diferentes e não ao que já está construído na opinião pública a respeito de vampiros e lobisomens. O livro é criativo e estabelece outras realidades para estes seres míticos.

Estou aguardando ansiosamente pelos outros filmes. Eles terão muito mais ação agora.

Comunicar pode ser mais desafiador do que imagina

Não quero ser óbvia com este título, mas gostaria de pedir que você coloque–se a pensar na indústria do tabaco. Trabalhar com a comunicação e marketing de uma indústria de tabaco é um enorme desafio. Afinal, além de uma série de restrições jurídicas para a comunicação, existe um legado por trás de tudo e o grande desafio deve estar em ser ético e comprometido com o cliente, mesmo ciente de que o seu produto pode causar um benefício no curto prazo e um problema no longo prazo. Isto sim que é um grande desafio, hein.

Antes que vocês me digam para assistir ao filme “Obrigado por fumar”, digo que já assisti.
Honestamente, acredito que o filme foi um pouco forçado. Trabalhando com estereótipos de um profissional de relações públicas ultrapassado. Afinal, o comunicador de hoje sabe que está na geração do “prosumer”, na qual o consumidor não é um mero espectador, que assimila qualquer discurso pronto das empresas. O consumidor participa cada vez mais de fóruns, discussões em grupo, busca o produto/serviço/empresa na internet e gosta de ser ouvido e de sugerir. Portanto, o profissional de antes que estava acostumado com verdades absolutas, já está habituado com os desafios de hoje de escutar mais o cliente e trabalhar por ele.

Enfim, o grande desafio de ser comunicação de uma indústria complexa está em trabalhar sem limites para uma comunicação transparente, pensando é claro na sustentabilidade da empresa, e dos seus consumidores. Diminuir os riscos do fumo deve ser o desafio conjunto da medicina (em tratamentos e previsibilidade) e da indústria (na minimização do risco à saúde).

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Dívidas são como uma bola de neve

Consumismo. Eu acredito que o consumismo é uma doença. Afinal, comprar supérfluos em grande quantidade sem um objetivo específico pode ser considerado doença.

O impacto que altas comprar em cartão de crédito será no mínimo o consumo de todo o seu salário. E isto impactará em não ter liberdade financeira, gastos excederam o seu salário e você se enfiará em uma grande bola de neve, na qual apesar de menos dívidas, o valor será sempre crescente.

Não adianta comprar livros de auto-ajuda, quebrar o cartão de crédito. Afinal, você consegue fazer uma dívida até mesmo verbalmente. É uma loucura. Quando o consumismo pega a pessoa de jeito, é preciso cortar o mal pela raiz. Isto quer dizer fazer uma “reeducação financeira”.

O primeiro passo é diminuir os seus limites de crédito, cheque especial e afins. Acima de tudo, é preciso abolir as folhas de cheque. O objetivo desta ação é: se você for compulsiva, quando acabarem as suas opções, o rombo da dívida será menor.

O segundo passo deve ser reduzir as dívidas mês a mês. Tente abdicar e cortar qualquer tipo de gasto que é desnecessário. Se você acha que tudo é necessário, tente cortar o menos importante ou que terá menos impacto se você viver sem. Por exemplo, eu cortei assinatura de revistas, conta de celular e saídas aos finais de semana. Em contrapartida, fiquei refém do meu cartão de crédito, porque quando eu saia, eu comprava. Então, a próxima dica é evite lugares em que você estará em uma situação de consumo. Por exemplo: shopping, lojas, ruas com muito comércio e afins. Toda vez que eu freqüento algum destes lugares, eu me enfio em dívida. Por isso, a ordem da reabilitação é: não freqüente. Não precisa ser uma decisão eterna. Você pode cortar isto apenas até se reabilitar. É uma medida drástica para resultados no curto prazo.

O próximo passo é fazer uma programação de pagamento de dívida. Você precisa se programar para quitar todos os seus débitos. E toda vez que conseguir pagar os débitos, você deve comemorar. Afinal, isto será motivador para você resistir às tentações no meio do caminho. Veja como você está à caminho da liberdade financeira. Ótimo. Se você conseguiu fazer tudo o que eu te disse até aqui, já está quase reabilitado.

O último passo é se submeter à todas as tentações e ver se volta a comprar e gastar compulsivamente. Se você voltar, procure um psicólogo ou psquiatra, porque a coisa está feia. Significa que nada adiantou.

Você deve estar se perguntando: Mas em que estágio você está para ficar me dando dicas? Eu estou no estágio de eliminar todas as tentações. Estou abdicando de muita coisa e estou tentando me livrar de hábitos de consumo. Estou também me livrando de dívidas. Acredito que no mês de setembro devo estar livre de dívidas de crédito. Em outubro eu escrevo um post para dizer como estou financeiramente. Mas eu acho que agora eu aprendi a lição ou pelo menos estou no processo de aprender a lição.

Presentes: bem físico ou momentos?

Estava pensando sobre presentes. Resgatei em minha memória os últimos presentes que dei e notei que em geral eles foram momentos e não necessariamente bens físicos. Por exemplo: Show da Madonna (foi um momento), uma viagem para Paraty (foi um momento), um show de uma drag queen (foi um momento).

Eu acho que momentos valem muito mais do que qualquer material ou pacote de presente. Afinal, todo e qualquer bem tem vida útil (por mais que o recebedor seja econômico). Já os momentos são vividos em um pequeno espaço de tempo. Em contrapartida, a memória vai estar guardada para sempre. Prefiro muito mais momentos, pois são mais duradouros, quando não inesquecíveis.

Fiz uma lista de desejos e percebi que as coisas que eu mais desejo no momento são passar por novos momentos:
- Uma viagem para um lugar novo
- Saltar de Pára quedas
- Andar de Balão
- Um show/Peça de teatro
- Passeio de helicóptero
- Ir a um paintball
- Um encontro diferente
- Jantar diferente
- Um lugar diferente

A gente costuma pensar no valor daquilo que é material. Mas eu vou te contar que eu vejo muito mais valor em coisas que não consigo pegar ou sentir. Os momentos para mim valem mais do que mil presentes e me fazem bem mais feliz e realizada.

Então, você já sabe: Se for me dar um presente, me dê um momento.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Subaproveitamento de mão de obra (do proletariado)

O tema de hoje é justamente o subaproveitamento de mão de obra no ambiente corporativo. Cada vez mais, vejo que é comum empresas contratarem profissionais extremamente gabaritados e utilizarem muito pouco dos mesmos.

Hoje, é exigido um inglês fluente, domínio do pacote Office, conhecimentos específicos, experiência de pelo menos um ano na área e... você será responsável por um trabalho repetitivo, extremamente operacional com modelos e formatos prontos, que qualquer pessoa que concluiu o ensino médio faria. O uso do inglês é praticamente igual a zero. Criação de novas planilhas ou apresentações com modelos diferentes são aberrações desnecessárias. E o ser humano que estuda e se qualifica é subaproveitado, mesmo que com um cargo importante na carteira de trabalho ou com um salário interessante para a categoria.

Agora, me pergunto: Qual é o motivo de uma empresa não oferecer desafios?

Tenho várias teses. Vou apresentar uma a uma:
1. Falta de profissionalismo na gestão
A gestão não busca por desafios, logo não repassa desafios para os demais. É o tipo de síndrome da mesmice, na qual o maior desafio é tentar agradar a gestão, que se apega a detalhes pequenos, fruto do mesmo e nada inovador. Geralmente, estes gestores nunca geriram uma equipe e têm medo de apresentar novas ideias para a diretoria. Mas este problema não atinge apenas gerentes. Diretores e presidentes despreparados também são a raiz deste tipo de problema.

2. Falta de descrição de cargos
A próprio recursos humanos da empresa não sabe que tipo de profissional exigir. Sendo assim, os gestores traçam em um papel um modelo de profissional ideal com todas as características que até eles mesmos não têm e diz que é este tipo de profissional que atenderia aquela vaga. O RH vendido busca o profissional no mercado e o enfia em uma tremenda roubada.

3. Olho maior do que a barriga
A empresa não quer ficar para trás das outras grandes empresas e buscam profissionais altamente qualificados, ofertando-os poucos desafios, colocando-os em um looping de relatórios e análises, e fazendo-os ficar ociosos por mais do que 50% do tempo de trabalho. Você pode dizer: mas existe o ócio criativo. E eu digo: inclusive o ócio criativo tem um limite. O profissional ficará frustrado pois terá ideias, pensará em formas de implementação de sua carreira e atividade e não terá espaço interno para se desenvolver.

4. A crise econômica
Pode até ser que a desaceleração da economia faz com que as decisões sejam postergadas e as atividades bloqueadas. Com isso, o ritmo de trabalho diminui e as pessoas vão trabalhar apenas para cumprir uma carga horária estabelecida em contrato.

Enfim, em qualquer uma dessas hipóteses, se você estiver passando por um momento de subaproveitamento e acha que tem muito potencial e está sendo pouco exigido, pense nas suas alternativas. A primeira ação sempre deve ser a conversa direta e franca com o seu gestor. Caso isto não funcione, busque desafios , ou melhor, crie desafios.

Se você leitor for um gestor e o seu colaborador diz que está sendo subaproveitado jamais diga: “Ótimo. É bom sentir este incômodo, pois você se mostra preparado para desafios.”. Isto pode ser frustrante e você será responsável por alguns anos de terapia.

SE VOCÊ TEM OUTRAS TESES PARA QUE ISTO OCORRA, COMPARTILHE COMIGO, POR FAVOR.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Caso Sarney é a verdadeira “merda no ventilador”

Eu precisei ler bastante na imprensa em geral para entender o caso Sarney. No início pensei em estudar o caso com o olhar jornalístico e identificar se a imprensa estava mesmo massacrando o presidente do Senado, José Sarney.

Infelizmente, o caso Sarney é um simples exemplo de “merda no ventilador” e agora está voando para todos os lados. A imprensa, por sua vez, quanto mais mexe, mais fede.

Resumindo, o filho Sarney – Fernando Sarney que até então era um dos únicos da família não envolvido em política estava articulando todas as fraudes. Eram empresas como Eletrobrás envolvida, ONGs e o próprio Senado. Uma das últimas façanhas do presente do Senado foi arranjar um cargo público para o namorado da filha Maria Beatriz Sarney.

E agora o presidente Lula, em entrevista à Rádio Globo de São Paulo, afirmou que “não se pode vender tudo como se fosse um crime de pena de morte. Uma coisa é você matar, outra coisa é você roubar, outra coisa é você pedir emprego, outra é fazer lobby”.

Tudo é uma questão de oportunidade e boa vontade

É difícil conhecer os dois lados da moeda. Sou jornalista com o DNA de reportagem e atuo com comunicação corporativa e assessoria de imprensa. Conheço e trabalho nos dois lados da mesa. E como assessora de imprensa me decepciono – e muito – com estes repórteres soltos por aí. Que saber o motivo?

Cada vez mais me deparo com profissionais deliberadamente despreparados, pouco reflexivos, precipitados, pouco questionadores e com textos fracos e mentirosos. Pois é... para a surpresa de muitos e para a minha decepção.

Quero deixar claro que não estou aqui para defender a categoria de assessoria de imprensa que é vista como vilã por vender pautas aos jornalistas. Estou aqui fazendo uma análise com base no acompanhamento de entrevistas e no resultado das reportagens.

Noto que os jornalistas além do tradicional de não se prepararem para uma entrevista, chegam com perguntas básicas e pouco úteis, que não requeriam uma entrevista. Eles entendem os fatos como querem e não fazem questão de esclarecer dúvidas, pois acham que não existem dúvidas.

São tão convictos que escrevem absurdos e baboseiras. Tudo seria facilmente resolvido se os repórteres ligassem para confirmar uma informação ou um entendimento. Mas, com a desculpa de que falta tempo eles simplesmente lotam as páginas de jornal, revista e web com entendimentos tortos, declarações vazias e muita desinformação.

Percebo que falta um pouco de reflexão sobre as pautas e o real sentido que aquilo faz para o leitor. Ao jornalista está faltando um pouco de senso crítico para avaliar as oportunidades e validar o que faz sentido para o leitor saber, que seja novo e não o mesmo. Hoje, para se conseguir uma redação um pouco mais desenvolvida, basta conseguir um personagem e a sua ideia será comprada. Acontece que isto não é real. Muitas vezes você pode ter um personagem muito fácil, mas ele não é o fato novo, ele não fará a diferença. Humanizar é preciso, mas os jornalistas que tenho convivido vão atrás do que está fácil e não da busca de algo diferente.

Estou muito decepcionada. Não sei se sou um exemplo de profissional, mas quando eu atuava em redação, fazia as pautas sempre com a visão do meu público, avaliando o que seria novo naquilo que eu iria contar. Nas entrevistas, sempre questionava e confirmava pontos que eu havia subentendido ou entendido, para não haver nenhum mal-entendido. Além disso, buscava as fontes mais difíceis, pois estas geralmente agregavam bem mais. Usava muito a assessoria de imprensa para as informações básicas. E mesmo assim errei algumas vezes.

O leitor da imprensa, hoje, precisa ser muito crítico e antenado, pois existem muitos profissionais desqualificados que transformam informações, vendem ideais e o pior de tudo falam muito do mesmo. Se algo é difundido em larga escala, logo isto se torna uma fonte padrão, um texto padrão, uma estrutura padrão de fazer a reportagem. Por exemplo: Falar de acesso ao ensino superior. É de praxe ter como fonte Prouni e Fies. As mesmas informações de sempre e os mesmos conceitos já bem disseminados.

Espero realmente que estes profissionais quadrados e desqualificados acordem e vejam o que estão causando com a sua falta de comprometimento com a profissão.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Nunca quero perder o sonho

Sonhar faz total sentido. Estes dias estava refletindo: “Para que servem os sonhos?”. Antes de chegar à resposta, vale passar por alguns pensamentos:


Existem vários tipos de sonhos
a. Aqueles com os quais sonhamos acordadas, como uma forma de fazer realizar um desejo seu, mesmo que obscuro.
b. Aqueles com os quais sonhamos dormindo, como forma de expressar algo para si próprio.
c. Aqueles planos que fazemos acordadas e/ou dormindo a respeito da própria vida.

Geralmente, eu uso o sonho acordada para realizar um desejo que não vai se consumar agora. Por exemplo, sonho acordada várias vezes com o dia do meu casamento, como será a minha casa e a minha família, como serão as minhas rotinas e a minha vida pós-casamento. Sonho também como seria a minha viagem para Londres. Enfim, sonho acordada coisas que não realizarei agora, como uma forma de suprir este desejo louco de ser, viver ou possuir.


Os meus sonhos dormindo não fazem muito sentido. Eles são devaneios, que não explicam nada sobre nada. São geralmente felizes.


Os sonhos planos são os que mais gosto. Com eles, penso em cada detalhe do meu futuro (considere o futuro como um segundo após agora ou 30 anos a partir de hoje). É muito bom avaliar as possibilidades, acreditar firmemente que algo dará certo, ter certeza absoluta do incerto, ter convicção de que os desejos se tornam realidade e acreditar que a vida é feita de escolhas e quem escolhe sou eu. E é neste ponto que eu cheguei a conclusão que o sonho, pelo menos para mim, serve como o pontapé inicial para uma realização. Não importa quanto tempo leve, eu sonho mesmo assim.


Lembro que quando eu estava na 5ª série na Escola, eu sonhava como seria a minha faculdade, os meus relacionamentos, estudos, trabalhos... Demorou, mas quando terminei o 3º Colegial e entrei na faculdade, foi como um sonho virando realidade. Ser aprovada na faculdade que você escolheu e estudar o curso que se escolheu é sensacional. Passei duros 4 anos pensando em como seria o dia em que não tivesse mais que ir para a faculdade. Pois bem, quando chegou foi outro sonho se tornando realidade. Ainda lembro no dia da minha colação em que sai da faculdade com os olhos molhados de lágrimas por saudade daquela experiência linda que foi me formar.
Agora, aqui estou eu sonhando com o meu intercâmbio, com a minha pós-graduação, com a minha casa, com o meu casamento, com as minhas viagens, enfim... Todos irão se realizar e eu sei a sensação maravilhosa que é realizar um sonho. Os sonhos servem para te manter viva, para indicar uma direção para o seu caminho, para mostrar porque você passa por determinadas coisas. Na verdade, o sonho é a minha motivação.


Fico imaginando o que acontece quando se deixa de sonhar. As pessoas ficam ocas, vazias. Seguem caminhos estranhos, fazendo escolhas que não as deixam felizes por completo e aquela sensação de estar incompleta deve ser dolorida. Principalmente, quando se vai minando todas as possibilidades que há pouco estavam abertas para você.


Para estas pessoas – desprovidas de sonhos – eu desejo muita luz. Espero que estas pessoas que perderam o brilho de viver em troca de um amor barato ou de um desejo momentâneo um dia consigam retomar a vida realizando sonhos e que não passem por muitos maus momentos.
Enfim... sonhar não custa nada, faz bem e te dá a sensação de realização. SONHE, LUTE, CONQUISTE. ISTO É VIVER, É APRENDER!!!!!!!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Ensino superior: Parcerias público-privadas podem ser caminho

Hoje, li no Jornal do Brasil uma reportagem que trata da reforma universitária. Entre as principais propostas estão:
1. Auxílio de 3/5 do salário mínimo vigente para todos os estudantes carente de universidades públicas e privadas
2. Vinculação de 50% da arrecadação de royalties do petróleo da camada pré-sal em educação pública.
3. 50% dos alunos da rede se ensino superior matriculados em instituições públicas. Este índice hoje é de 15%.
Estes são alguns pontos do projeto de lei proposto pela União Nacional dos Estudantes (UNE). Ao que tudo indica a Câmara dos Deputados criou uma comissão especial para tratar destes pontos.

Há quem diga que o governo federal tem tentado aos poucos minimizar o problema do ensino superior com ações como o Fies, Prouni e Enem. Contudo, o principal motivo que a UNE acredita que faz com que o ensino superior brasileiro não decole é o lobby das instituições privadas.

Eu discordo um pouco desta questão. Eu acredito que as ideias e projetos para auxiliar estudantes universitários e trazer mais recursos para o ensino superior são válidos. Mas não acredito que se deve desvalorizar e desmoralizar o ensino privado. Existem instituições privadas que cumprem com o papel e estão compromissadas em educar e transformar estudantes em profissionais preparados para o mercado de trabalho.

Além de aumentar a acessibilidade ao ensino público, também é preciso pensar em estratégias para ampliar o acesso ao ensino privado, seja por financiamento público e privado ou qualquer outro projeto que ainda pode nascer. Cobrar pela graduação não é um pecado e não acredito que as instituições privadas devam ser tratadas como vilãs. Por isso, os projetos devem pensar também no ensino superior como um bem nacional (seja público ou privado) e para aumentar o percentual de estudantes dentro das faculdades com idade média para estudar, é preciso criar um projeto de acessibilidade muito mais amplo, que pense em estratégias e parcerias público-privadas.

Em entrevista ao JB, o novo presidente da UNE, Augusto Chagas, disse: "Vivemos momentos de avanços. O Brasil duplicou a oferta de vagas no ensino superior. A luta agora é para transformar isto em política de Estado".

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Jornalistas são insensíveis ou impotentes?

Ontem eu tive uma grande surpresa. Ao arrumar as minhas bagunças do quarto, encontrei o DVD de uma reportagem que fiz no 3º ano da faculdade sobre pessoas que moram em áreas de risco no ABC. Ao terminar de assistir, comecei a chorar compulsivamente. Minha mãe inocente disse que é normal sentir saudade da fase boa da faculdade. Mas o meu ponto é que eu não chorava de saudade. Chorava por me sentir um monstro. Sabe por quê?

Ao ver aquelas pessoas contando as suas histórias, abrindo as portas de sua casa, mostrando toda a batalha e tudo o que estão passando... eu me senti um pouco aproveitadora. Afinal, eu estava lá entrevistando eles para aprimorar minhas técnicas jornalísticas e para conseguir uma pontuação em telejornalismo. Eu não pude transformar, alterar em nada a vida daquelas pessoas. Todos falavam com um olhar de esperança para que tudo aquilo mudasse. E eu estava lá apenas para ouvi-los. O máximo que aquela reportagem surtiu de impacto foi a veiculação na televisão da metodista. Eu não sei se na época fui insensível demais para ver como eu estava sendo aproveitadora da desgraça alheia ou se eu simplesmente era uma jornalista, como tantos outros, impotente para mudar algo.

O fato é que eu chorei. A minha vontade era pegar o meu carro e ir até aqueles morros e ver como estavam aquelas pessoas maravilhosas. Eu não tiro delas toda a culpa que eles têm por estarem vivendo daquele jeito. Mas eles foram espetaculares e super receptivos.

Acho que foi por isso que escolhi ser jornalista. Eu posso não mudar a vida das pessoas, preciso ser forte para ouvi-las, mas eu sou estas pessoas uma ponta de esperança. Não queria que este texto parecesse piegas demais. Peço desculpas se pareceu... Mas é isso.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Como ganhar dinheiro em um funeral?

A morte do Rei do Pop Michael Jackson foi cercada de incertezas. No dia em que o coração do cantor parou de bater, enquanto ainda nem havia um comunicado oficial, a imprensa online já comunicava a morte do artista. Depois disso, seguiram as investigações (tanto da polícia quanto da imprensa). Cogitaram que Michael utilizara drogas, o médico o havia dopado, durante ensaio para a turnê “That is it” ele teria fraturado ossos e agoniado de dor, enfim... História era do que não faltava.


Depois de uma série de programas recuperar histórias de anônimos ao lado de Michael Jackson, começou a repercutir o prejuízo que seria não ter mais a turnê do cantor. A saída que encontraram para este “rombo”? Um verdadeiro Show.


Artistas, personalidades, familiares fariam uma espécie de celebração para o Michael Jackson. Tal evento não seria gratuito, seria cobrado. Então, o funeral - que como o nome mesmo diz deveria ser fúnebre - se transformou em um show ou uma novela – dependendo do ponto de vista. Como uma espécie de premiação hollyoodiana, artistas entravam no palco e diziam textos prontos, alguns até engraçados fazendo a platéia rir e se entreter.


Qual era o objetivo daquilo mesmo? Não concordo que as pessoas devam sofrer a morte, chorar compulsivamente... Mas um funeral é um momento de despedida, de reflexão... As pessoas devem pensar na importância daquela pessoa que morreu. No caso, a morte de Jackson foi celebrada com música, performances e afins. Acho que as pessoas estavam mais preocupadas na música que Mariah Carey cantaria ou nos bailarinos sorridentes dançando ao fundo.


Isto mostra que Michael estava na terra prestando um serviço. Ele era um prestador de serviço: cantar, dançar e causar polêmicas. Duvido que existe algum tipo de respeito e amor entre as pessoas que “curtiram” o funeral do cantor. Estavam todos lá na expectativa de Michael levantar do caixão a qualquer momento e dançar Thriller?

Sinto pena e nojo do show em que se transformou a morte de um verdadeiro herói. Deveria ter sido um ato de respeito. Um minuto de silêncio. Uma despedida silenciosa. Não deveria ter sido uma comemoração.


Espero que cada um entenda os limites entre o real e o surreal. Este evento completamente teatral transformou uma perda em ganho (ganho de dinheiro em cima de um corpo, um cadáver).

terça-feira, 7 de julho de 2009

Vale a pena fazer faculdade?

Recentemente, me coloquei a pensar sobre o custo de uma faculdade versus o seu real benefício. Mas antes de expor as minhas percepções, gostaria de abrir um parênteses.

(Eu me perguntei “Vale a pena fazer faculdade?”. Mais do que responder a esta pergunta, eu fiquei motivada a entender porque nós usamos este termo “vale a pena” para designar de algo realmente faz sentido. Descobri, em minhas buscas na internet, que este termo se originou na mitologia egípcia. De acordo com o Livro dos Mortos (Livro da Saída da Alma à Luz), no julgamento final de Osíris, a sua alma se apresenta e são colocados em uma balança o coração físico da alma – que fora mumificado – e uma pena, representando a consciência terrena. Se o peso do coração superasse o peso da pena, a alma estaria livre. Com isso, surgiu a expressão “Valer a pena”, que hoje é usada para designar a idéia de que algo ou alguma experiência compensa ou não. Daí surgiu também a expressão: Tudo vale a pena, se a alma não é pequena)

Pronto. Depois destes parênteses enormes, vamos ao que interessa: Compensa fazer faculdade?
Me formei no curso de jornalismo, de quatro anos, da Universidade Metodista de São Paulo em 2008. Foram quatro anos marcantes, porque fazer faculdade era um sonho meu e a profissão que escolhi era quase um estilo de vida.

O investimento total que fiz, contando apenas o valor da mensalidade, foi de aproximadamente R$ 40 mil. É claro que gastei um valor representativo de condução, Xerox, trabalhos, livros, material e comida. Vamos ignorar estes gastos.

Foi um alto investimento, que representa o valor de uma entrada na compra de um imóvel, um carro novo ou até mesmo uma viagem para o exterior com um certo luxo.

As experiências que vivi na faculdade, conhecendo pessoas inteligentes, teimosas, brilhantes, chatas, pentelhas, educadas com os mesmo interesses que eu, foi poderosa. Na faculdade, conheci professores interessantes e instigantes. Eles nunca entregaram receitas ou fórmulas, mas colocaram nossas cabeças para pensar. Talvez, o conteúdo tenha apenas me introduzido no mundo jornalístico, mas não me ensinado todos os detalhes para ser uma ótima profissional. Afinal, como todo acadêmico costuma dizer: a experiência na prática é que vai trazer a perfeição ou a busca por ela.

Na faculdade, eu testei formas de fazer atividades, pesquisei vários assuntos que talvez não teria pesquisado por conta própria, falei com muitos profissionais de mercado e conheci suas histórias, fiz trabalhos marcantes, que me acrescentaram como pessoa e não somente como profissional. Usei e abusei da estrutura da faculdade para ter contato com equipamentos, espaços e afins.
Através da faculdade, consegui meu primeiro estágio no primeiro ano da faculdade e deslanchei para vários outros estágios e o meu tão sonhado emprego. Desde o segundo semestre da faculdade não sei o que é ficar sem trabalhar. Como estagiária nunca tive férias, mas agradeço por cada experiência que acumulei.

Hoje, sou uma profissional que quer muito mais. Mais estudo, mais conteúdo, quer conhecer mais pessoas, quer trabalhar muito mais e em outras áreas. Posso dizer que já trabalhei em quase tudo que a minha profissão permite. Não sei se foi o diploma que me colocou onde estou hoje ou se foi a minha busca e o meu desejo. Posso dizer que sem este diploma talvez eu não conhecesse nem metade do que eu conheço hoje (ou não – nunca vou saber).

Em minha opinião, continua valendo a pena fazer faculdade e investir nela, desde que as expectativas sejam por experiências e não por fórmulas para o sucesso. Portanto, quando se quer investir na faculdade, é preciso pensar muito e escolher bem.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Medo do diploma, ou melhor, da concorrência

Nesta semana, o ministério da Educação divulgou os indicadores do Censo da Educação Superior 2007. Além do fato de que existem quase 5 milhões de estudantes universitários em instituições de ensino pública e privada, um dado que assusta e impacta no dia-a-dia do próprio universitário são as carreiras mais concorridas.

De acordo com o censo, administração foi o curso que mais teve alunos matriculados, alcançando 798.755 matriculados, sendo que destes 120.562 concluem o curso.

A segunda carreira mais procurada é Direito (613.950 matriculados), seguida por Pedagogia (335.180 matriculados), Engenharia (314.192 matriculados), Comunicação Social (221.901 matriculados) e Enfermagem (213.098 matriculados).

O fato é que estas profissões “top de escolha” assustam os estudantes. Afinal, mal acaba a corrida para passar no vestibular e você já deve começar a outra para entrar no mercado de trabalho. Quem sair por último da fase “calouro” perde a corrida e fica sem emprego. Afinal, a concorrência nas profissões acima é amedrontadora!

Estou com medo, não só porque sou jornalista e o meu curso está no topo da lista dos mais procurados, mas porque cada vez mais aumenta a concorrência!

Fique atento! Ter o diploma não é uma garantia de emprego bem remunerado.

Nasce mais um blog!

O “Eu, universitária!” é um blog criado por uma universitária veterana, que acaba de conquistar o tão sonhado diploma em jornalismo. A proposta deste blog é ser fonte de informação para os universitários do Brasil.

Nasce mais um blog para os mais de 100 mil blogs que já existem na rede. Espero que aproveitem este espaço para gerar muita discussão sobre os temas dispostos.
Boa leitura hoje e sempre!