sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Música certa no momento certo?!

Quando estava chegando no trabalho, tocou na rádio uma música do Legião Urbana... e por incrível que pareça muitas coisas fizeram sentido para mim:

“Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém”.
(Legião Urbana)

De repente algumas músicas que escutamos não nos dizem muito em algum momento, mas em outros elas são tão sensíveis e realistas. Estranho!

Por isso que quando eu era pequena queria ser cantora e escrever minhas próprias músicas... porque assim eu faria sentido para alguém em algum dia...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Marina Silva seria o Barack Obama brasileiro?

A possível candidatura de Marina Silva (PT-AC), ex-ministra do Meio Ambiente, para a presidência me fez parar para pensar um pouco a respeito. Pelo o que circula por aí, Marina deve se candidatar pelo Partido Verde (PV), já que Dilma Rousseff é a escolhida do PT. Cheguei a pensar até que Marina Silva seria o Barack Obama brasileiro. Mas, ao fazer comparações, logo percebi que realmente a única semelhança é que ambos são negros.


Apesar do fato de ambos serem negros e representarem uma raça que vem sendo desfavorecida na sociedade por questões que envolvem preconceitos raciais, a eleição dela como presidente marcaria pela quebra de dois paradigmas: Uma mulher negra. Seria a primeira mulher negra presidente do Brasil. O fato de ser negra, no Brasil, não deve ser o grande paradigma, pois se trata de um país composto pela mistura de raças. Mas o fato de ser uma mulher, definitivamente, seria inusitado, até mesmo porque as mulheres são desfavorecidas em cargos de alta gestão. Quantos presidente de empresas você conhece que são do sexo feminino? Infelizmente, os homens ainda dominam os cargos de gestão.


Fora isto, vamos a questão política. Barack Obama disputou a presidência pelo maior partido político do País. Já o Marina deve disputar por um partido de pouca representatividade nacional. Após a totalização dos votos, em 3 de outubro de 2006, o Partido Verde atingiu 3,6 % de votos válidos, com 3.368.560 de votos válidos.


Não me assustaria se Marina tivesse alta representatividade. Afinal, o Brasil adora eleger candidatos que trabalham em prol de minorias. O Brasil é aglomerado de minorias. Não vou negar que simpatizo com Marina Silva e com Lula, bem como com a Soninha (PPS).
E você, o que pensa a respeito?!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Folha de S. Paulo exagera no pessimismo

Na Folha de S. Paulo o título da notícia era “BNDES libera R$ 1bi para socorrer faculdades”. A linha-fina era: “Com juros menores e prazos maiores do que aqueles praticados no mercado, a medida atende a lobby feita pelo setor em fevereiro”.

É incrível como o jornal enxerga todas as medidas do governo pelo lado negativo. A negatividade já está no título, em que o jornalista usa o termo socorrer. Esta linha de financiamento não vai socorrer as instituições de ensino. Ela vai ser mais uma ferramenta financeira de empréstimo que pode ser usada não somente para socorrer, mas para investir apenas ou para capital de giro.

Além disso, o ponto é que não existe apenas lobby por trás da medida, mas também uma necessidade real que foi sentida pelo governo. O governo não simplesmente atendeu uma lobby.
Ele percebeu que fazendo este tipo de linha, em contrapartida ele poderia estabelecer metas de crescimento operacional, qualidade de ensino e afins. Esta linha é uma via de duas mãos e não apenas o favorecimento de um setor.

É por isso que cada vez mais me decepciono com a Folha de S. Paulo. Porque eles sempre olham tudo pelo lado negativo e não enxergam os lados positivos da história. É claro que nós jornalistas precisamos exercitar o olhar clínico e crítico, mas a Folha faz isto “tôo much”, na minha opinião.

Pronto, falei.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Isto é a vida: uma bola de neve

Um pouco melodramática, um pouco apaixonada, muito trabalhadora, extremamente comprometida comigo mesma, confusa às vezes, perdida também, assertiva, decisiva, reflexiva, explosiva. Penso, por muitas vezes, como seria bom se houvesse um livro da vida.

Alguém que te observasse desde quando nasceu, acompanhou cada passo seu, conversou com todos que um dia se relacionaram com você e depois reunisse todo este material e contasse e interpretasse a sua vida sob o ponto de vista de outrem. Tudo seria tão simples de se entender.
Imagine, que alguém poderia dizer que esta decisão que você está tomando agora é reflexo do que te ocorreu em determinado período. Esta sua postura diante de determinados assuntos é fruto de algo ou de alguém. Isto que você acha que é novo e que está buscando pela primeira vez, é algo que você busca desde o berço.

Estou lendo o livro “A Bola de Neve – Warren Buffett e o negócio da vida”, no qual a jornalista Alice Schroeder acompanhou a vida deste executivo, o entrevistou e entrevistou familiares e pessoas que acompanharam ele na caminhada de sucesso financeiro dele. É simplesmente encantador ver como tudo se encaixa na vida. Pensamos muitas vezes: “Por que isto está acontecendo comigo, agora?”, ou “Será mesmo que eu preciso passar por isso?”, ou “Tem coisas que não fazem o menor sentido mesmo?”. Quando dizemos isso, é porque realmente não temos ideia de como tudo se encaixa na vida.

Tenho medo de estar errando demais para acertar. Tenho medo de estar caminhando rápido demais. Tenho medo estar fazendo tudo de um jeito que pode dar errado lá na frente. Mas a vida é justamente isto: um jogo de tentativa e erro. O que realmente deve ficar registrado em nossas mentes são as coisas que fazem sentido. Se formos pensar nos exageros, nos erros, no que pode ou não acontecer, deixamos de viver hoje para planejar o amanhã.

Sei lá. Esta é a mensagem que passou em minha cabeça e gostaria de compartilhar. A vida é mesmo uma bola de neve, que vai passando e juntando partes pequenas, pequenas partículas, que se transformam em grandes coisas.

A Morte - por Pedro Bial

Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos. Parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada. Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena. Mas nada acontecia ali de risível, era só dor e perplexidade, que é mesmo o que e causa em todos os que ficam.

A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: a morte, por si só, é uma piada pronta. Morrer é ridículo.

Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre. Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente? Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer. A troco de que?

Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu.

Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...

De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis.

Qual é? Morrer é um chiste. Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.

Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas.

Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira. Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu.

Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas , mulheres e morre num sábado de manhã.

Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito. Isso é para ser levado a sério?

Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz.

Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa? Não se faz. Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.

Por isso viva tudo que há para viver. Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da Vida...

Perdoe....sempre!!!