quarta-feira, 22 de julho de 2009

Ensino superior: Parcerias público-privadas podem ser caminho

Hoje, li no Jornal do Brasil uma reportagem que trata da reforma universitária. Entre as principais propostas estão:
1. Auxílio de 3/5 do salário mínimo vigente para todos os estudantes carente de universidades públicas e privadas
2. Vinculação de 50% da arrecadação de royalties do petróleo da camada pré-sal em educação pública.
3. 50% dos alunos da rede se ensino superior matriculados em instituições públicas. Este índice hoje é de 15%.
Estes são alguns pontos do projeto de lei proposto pela União Nacional dos Estudantes (UNE). Ao que tudo indica a Câmara dos Deputados criou uma comissão especial para tratar destes pontos.

Há quem diga que o governo federal tem tentado aos poucos minimizar o problema do ensino superior com ações como o Fies, Prouni e Enem. Contudo, o principal motivo que a UNE acredita que faz com que o ensino superior brasileiro não decole é o lobby das instituições privadas.

Eu discordo um pouco desta questão. Eu acredito que as ideias e projetos para auxiliar estudantes universitários e trazer mais recursos para o ensino superior são válidos. Mas não acredito que se deve desvalorizar e desmoralizar o ensino privado. Existem instituições privadas que cumprem com o papel e estão compromissadas em educar e transformar estudantes em profissionais preparados para o mercado de trabalho.

Além de aumentar a acessibilidade ao ensino público, também é preciso pensar em estratégias para ampliar o acesso ao ensino privado, seja por financiamento público e privado ou qualquer outro projeto que ainda pode nascer. Cobrar pela graduação não é um pecado e não acredito que as instituições privadas devam ser tratadas como vilãs. Por isso, os projetos devem pensar também no ensino superior como um bem nacional (seja público ou privado) e para aumentar o percentual de estudantes dentro das faculdades com idade média para estudar, é preciso criar um projeto de acessibilidade muito mais amplo, que pense em estratégias e parcerias público-privadas.

Em entrevista ao JB, o novo presidente da UNE, Augusto Chagas, disse: "Vivemos momentos de avanços. O Brasil duplicou a oferta de vagas no ensino superior. A luta agora é para transformar isto em política de Estado".

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