sexta-feira, 31 de julho de 2009

Comunicar pode ser mais desafiador do que imagina

Não quero ser óbvia com este título, mas gostaria de pedir que você coloque–se a pensar na indústria do tabaco. Trabalhar com a comunicação e marketing de uma indústria de tabaco é um enorme desafio. Afinal, além de uma série de restrições jurídicas para a comunicação, existe um legado por trás de tudo e o grande desafio deve estar em ser ético e comprometido com o cliente, mesmo ciente de que o seu produto pode causar um benefício no curto prazo e um problema no longo prazo. Isto sim que é um grande desafio, hein.

Antes que vocês me digam para assistir ao filme “Obrigado por fumar”, digo que já assisti.
Honestamente, acredito que o filme foi um pouco forçado. Trabalhando com estereótipos de um profissional de relações públicas ultrapassado. Afinal, o comunicador de hoje sabe que está na geração do “prosumer”, na qual o consumidor não é um mero espectador, que assimila qualquer discurso pronto das empresas. O consumidor participa cada vez mais de fóruns, discussões em grupo, busca o produto/serviço/empresa na internet e gosta de ser ouvido e de sugerir. Portanto, o profissional de antes que estava acostumado com verdades absolutas, já está habituado com os desafios de hoje de escutar mais o cliente e trabalhar por ele.

Enfim, o grande desafio de ser comunicação de uma indústria complexa está em trabalhar sem limites para uma comunicação transparente, pensando é claro na sustentabilidade da empresa, e dos seus consumidores. Diminuir os riscos do fumo deve ser o desafio conjunto da medicina (em tratamentos e previsibilidade) e da indústria (na minimização do risco à saúde).

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